terça-feira, 2 de julho de 2013

ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE






Historicamente, o acesso das pessoas com Deficiência Visual à espaços públicos e privados, tem sido um desafio a ser vencido.
O termo acessibilidade não se resume à possibilidade de entrar em determinado local, mas possibilitar um deslocamento mais seguro e independente possível. 
Nas aulas de orientação e mobilidade que ministramos aos cegos nos CEJAS Marechal Rondon é para que os mesmos possam deslocar-se sem medo e com maior independência possível. Estamos dando a ele s a oportunidade de explorar os ambientes e espaços da escola e fora dela, com mais autonomia e segurança.  Para que isso ocorra e as informações corporais sejam internalizadas realizamos atividades como: caminhar a um lugar desejado; mudar de direção; trocar de lado; passar por lugares estreitos; aceitar e recusar ajuda; subir e descer escadas; passar adequadamente por portas; abrindo-as e fechando-as; sentar-se; alinhar-se à mesa para refeições ou trabalho; saber utilizar objetos para uma conduta social (copos, pratos, talheres, etc).
Para o uso correto da técnica de guia vidente, é importante lembrar que a pessoa com deficiência visual, ao segurar no cotovelo de seu guia, deverá sentir todo o movimento do corpo dele. Consequentemente,  a pessoa com deficiência deverá sempre ficar um passo atrás do guia, que o protegerá de qualquer imprevisto que possa ocorrer.
Como ele vê o que a pessoa com deficiência não vê, cabe ao guia vidente, tomar alguns cuidados ao atravessar uma rua: deve calcular o espaço e o tempo que ele levará sozinha para atravessar o espaço e, praticamente, dobrar o tempo que ele levaria sozinho para fazer o mesmo percurso. Vale ressaltar que a pessoa com deficiência visual deve sempre andar no lado de dentro da calçada.
Para indicar que irá subir ou descer um degrau, ultrapassar um obstáculo ou subir ou descer escadas, o guia vidente precisa dar uma parada, o que, para a pessoa com deficiência visual, sinaliza que tal procedimento vai ser iniciado.
O uso de técnicas de guia vidente é de suma importância. O professor de orientação e mobilidade deverá estar atento para oferecer a bengala quando de fato este instrumento possa ser usado com propriedade e segurança, transformando-se em um facilitador para seu deslocamento.
Cabe ressaltar que todos os nossos alunos usam bengala e estão aprimorando o uso das mesmas. Os que não tinham bengala receberam da associação.

Autora: Marlene Gaio dos Santos

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